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Destinos / Hotelaria

Rotas integradas em um raio de 100km revelam o melhor de Cuiabá, Chapada e Pantanal; veja fotos

Momentos da rota integrada CuiabaPantanal Rotas integradas em um raio de 100km revelam o melhor de Cuiabá, Chapada e Pantanal; veja fotos

Momentos da rota integrada CuiabáPantanal

Destinos históricos, culturais, gastronômicos e naturais – estes mais que cinematográficos – integram uma das tantas rotas turísticas do Mato Grosso a partir de Cuiabá e, o melhor, em um raio de apenas 100km da capital. O roteiro pode ser feito em 4 ou 5 dias e inclui alguns dos mais desejados atrativos do Planalto Central, como a Chapada dos Guimarães e os quilombos de Nossa Senhora do Livramento antes de chegar a Poconé, na maior planície de inundação do mundo e porta de entrada para o Pantanal matro-grossense, talvez o destino mais icônico e ‘instagramável’ do passeio.

Veja mais fotos nas galerias abaixo

Começar o roteiro pelo Marco Zero da capital cuiabana na turística Rota do Peixe que margeia o rio Cuiabá, justo onde os bandeirantes sorocabanos se estabeleceram depois de seguidas incursões atrás de ouro e captura de indígenas bororos na época do Brasil colônia, não poderia ser melhor: um presente saboroso e cheio de história.

Na histórica Comunidade São Gonçalo Beira Rio, a Rota do Peixe reúne 32 restaurantes frequentados por locais e muitos turistas nacionais e estrangeiros, especialmente na tradicional Festa Rota do Peixe – circuito realizado anualmente, em abril. Mas, São Gonçalo também se destaca pelos ateliês de cerâmica centenários e comércio de souvenirs.

Restaurante Primus em Cuiaba scaled Rotas integradas em um raio de 100km revelam o melhor de Cuiabá, Chapada e Pantanal; veja fotos

Restaurante Primus, em Cuiabá

Uma parada no Primus resume bem o espírito cuiabano. Restaurante premiado em diversos festivais de gastronomia, Jonathan divide a cozinha com a sócia e esposa Caroline Maldonado, que guardam receitas geracionais de dar água na boca. O carro-chefe do Primus é a típica ‘peixada cuiabana’ preparada com pacu, costela de tambatinga e cozido (mojica) de pintado cortado em cubos e engrossado com caldo mandioca. Dos deuses! “O prato representa muito Cuiabá, a nossa Capital do Peixe, bem como a tamareira, a goiabeira e principalmente o acolhimento de nossa gente”, observa Jonathan.

CHAPADA DOS GUIMARÃES

Distante 65km de Cuiabá, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é um destino com 7km de trilhas dentro do parque para aventureiros, cânions e cachoeiras espetaculares, como a famosa Véu de Noiva, com 86 metros de queda, formada pelo rio Coxipozinho.

Mas, a Chapada antes de tudo é um atrativo natural de contemplação. Quando visto do alto, dos mirantes que descortinam toda a beleza de seus paredões de arenito alaranjados, do verde intenso do cerrado e seus arbustos retorcidos e, por vezes da bruma que cria visuais místicos, cada foto é um cartão-postal.

Terra de nascentes, o PNCG abriga oito cachoeiras, a começar pela cachoeira dos Namorados e Cachoeirinha, logo na entrada do parque que cobre uma área de 33 mil ha (2,8 mil km2), Véu de Noiva, do Pulo, 7 de Setembro, Andorinhas, Degrau e Independência, considerada a mais bonita. Para descobri-las e registrar os melhores cliques do passeio o ideal é se deslocar por caminhadas pelas trilhas ou veículo 4X4.

A beleza cênica desse paraíso criado pelo Ibama em 1989 reúne uma riqueza incrível de fauna e flora endêmicas a 800 metros de altitude. Rios que nascem no alto das encostas e escarpas abastecem as bacias Amazônica e Platina – esta, por sua vez também irriga o Pantanal, mais adiante

Entre os pontos mais destacados para contemplar e se apaixonar pela Chapada dos Guimarães, vale combinar vistas maravilhosas com excelente gastronomia, nos restaurantes Morro dos Ventos e Mirante Atma.

Grupo ‘Heranca de Tereza apresenta dancas afro brasileiras scaled Rotas integradas em um raio de 100km revelam o melhor de Cuiabá, Chapada e Pantanal; veja fotos

Grupo ‘Herança de Tereza’, apresenta danças afro-brasileiras

NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

Com pouco mais de 13 mil habitantes, a pequena Livramento já era considerada praticamente abandona nos anos de 1917 pela forte migração de livramentenses à Corumbá. Hoje, o incipiente turismo histórico e cultural, de costumes e tradições resgatadas, e polo de respeito de doces tradicionais e queijos premiados, reposicionou, estrategicamente, esse recanto esquecido distante 40km da capital, na rota Cuiabá-Pantanal.

O roteiro te leva a vivenciar a história, contos e curiosidades de Livramento a partir de uma parada no centro histórico com sua Igreja Matriz, monumentos e prédios de época, conhecer a Casa de Cultura onde poderá aprender sobre a tecelagem da rede mato-grossense e saborear os produtos da agricultura familiar no Centro de Comercialização ‘É de Livramento’, a marca dos produtos de origem.

A “Degustação Guiada de Queijos” é uma experiência gastronômica singular na pitoresca cidadezinha de Livramento. O roteiro leva o turista à premiada Quinta da Cartucheira com 2 medalhas de ouro e 1 de bronze no Concurso Internacional ExpoQueijo Brasil 2023 e 1 medalha de ouro no Mundial do Queijo 2024. Atualmente é reconhecida como uma das melhores produtoras de queijo artesanal da América Latina.

Já o Grupo Bacuri Livramentense é uma atração à parte que vale ser conferido em sua passagem pela cidade. Música e danças folclóricas tradicionais são regatadas pelo grupo de jovens que mantém viva a cultura regional mato-grossense e as raízes seculares de suas manifestações mais populares, como o rasqueado, o siriri e o cururu.

Quilombo do Mata Cavalo – A 15km de Livramento, o histórico, resistente e resiliente Quilombo do Mata Cavalo também está inserido no roteiro turístico. É uma viagem imersiva ancestral, cultural e de proximidade com o quilombo contemporâneo e sua gente, que tem a mulher como protagonista (matriarcado) de sua luta e resistência entre os quilombolas.

A visita guiada ao quilombo tem que ser agendada (Galé Tour Viagens e Turismo [email protected]  +55 65 99981-5283) e inclui apresentações de grupos de dança e música, como ‘Herança de Tereza’, com danças afro-brasileiras; ‘Ypê do Cerrado’, com os tradicionais Siriri e Congo Africano; e o ‘Congo Mirim de Mata Cavalo’, com o Siriri Quilombola e Pé do Cerrado.

O roteiro passa pelo Reino de Xangô, um centro dedicado à umbanda, que oferece uma experiência imersiva de fé e conhecimento. Sob a orientação do Pai de Santo Sebastian, o visitante embarca em um tour esclarecedor, desvendando os mistérios e a beleza desta prática religiosa.

Depois de saborear um delicioso almoço, cuja culinária se destaca pelo uso da banana-verde é hora de aprender a técnica quilombola de fazer tranças e turbantes, além de uma experiência única de pintura corporal. Aqui, cada obra de arte na pele do visitante é uma narrativa visual exclusiva, inspirada em sua história pessoal, tornando a tattoo (de henna) um reflexo singular de suas jornadas de vida.

Portal da Transpantaneira em Pocone Rotas integradas em um raio de 100km revelam o melhor de Cuiabá, Chapada e Pantanal; veja fotos

Portal da Transpantaneira em Poconé

PANTANAL

Já no limite sul da rota integrada chegamos a Poconé depois de percorrer 100km desde Cuiabá e conhecer destinos surpreendentes e experiências memoráveis. Entramos, então, pelo portal da Estrada Parque Transpantaneira, o principal acesso ao destino mais representativo do Mato Grosso. A estrada que liga a cidade ao distrito de Porto Jofre, às margens do Rio Cuiabá, já na divisa com Mato Grosso do Sul, de terra batida e cascalho tem 117 km de extensão e é atravessada por 74 pontes de madeira, também um dos destaques desta jornada de ativismo e aventura.

A poucos quilômetros do portal, entramos à direita e seguimos até o @aymaralodge, hospedagem própria para turistas mais aventureiros e praticantes de safáris fotográficos e de observação da flora e, principalmente da rica e diversificada fauna pantaneira.

Para se ter uma ideia da quantidade de diferentes aves avistadas em um só dia, por ocasião do Bird Global Day 2024, foram registradas 180 espécies, entre tantas, as Araras Canindé e Azuis, a Gralha Azul e Saracura Três Potes, o Mutum de Penacho e Colhereiro, a Garça Branca Grande e Cabeça Seca. Um paraíso para ornitólogos e turistas amantes das aves!

Nas caminhadas por trilhas realizadas na área do lodge também é fácil avistar não somente aves, mas dezenas de espécies vegetais como o gigante cipó figueira, o novateiro-de-mato-grosso, o angico e a ciputá. Outras oportunidades únicas de diversão, observação e aventura, por que não, são a focagem noturna em busca de jacarés e animais silvestres de hábito noturno e o passeio de barco ou canoa em alagados e corixos, partindo do Aymara Lodge. Neste particular, jacarés do Pantanal podem ser vistos entre a vegetação aquática ou tomando sol nas margens.

Em geral, os turistas vão ao destino em busca de vida selvagem, de conexão com a natureza e o Pantanal proporciona essa conexão, mesmo que não seja uma busca consciente, observa Giuliano Bernardone, proprietário do Aymara Lodge. Outros, segundo ele, já vêm com uma missão clara, com um foco mais específico que é fotografar a fauna local, aves, mamíferos, répteis e a lendária onça pintada. “Isso acontece mais com o turista estrangeiro que já vem com a expectativa de um safári de observação e registro fotográfico e de um pouco mais de conhecimento sobre a vida selvagem pantaneira”, finaliza.

GALERIA:

Fotos: Rafael Torres/M&E

 

 

 

 

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