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Destinos

Segurança e imagem do Rio são desafios para Copa e Olimpíadas

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Para debater o papel da cidade do Rio de Janeiro na economia brasileira nos próximos anos; foi realizado hoje (05/10) o “Exame Fórum – A Hora e a Vez do Rio de Janeiro”. Lideranças públicas e privadas debateram os projetos e problemas da cidade para se preparar para os jogos da Copa e Olimpíadas. A garantia de segurança; infraestrutura; a imagem do Brasil no exterior; entre outros assuntos; foram discutidos.

As UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) foram o grande foco da segunda mesa de debates; “Copa e Olimpíadas – Oportunidades e Desafios (Segurança)”; que teve a participação de José Mariano Beltrame; Felipe Góes e Zeca Borges. Segundo Beltrame; secretário de Segurança Pública do Rio e Janeiro; até 2014 a cidade terá 40 UPPs; que vão dar conta de mais de 100 comunidades – por enquanto o Rio tem apenas 12 unidades. Serão de 500 a 600 mil pessoas atendidas.

“Elas não são a solução para tudo. Hoje as UPPs dão certo porque tem resultados qualitativos e quantitativos. Mas tem outras coisas a se fazer”; declarou Beltrame. Além disso; para ele; a intenção do projeto não é acabar com o tráfico; é acabar com o território dominado por armas. Questionado sobre o uso das Forças Armadas para fortalecer a segurança da cidade durante os jogos; Beltrame respondeu: “Tem que se oferecer uma garantia de segurança; não uma coisa provisória”.

Felipe Góes; secretário municipal de Desenvolvimento; foi quem representou Eduardo Paes no debate. Ele ressaltou a necessidade de atrair investimentos e resolver problemas relacionados a energia; infraestrutura e hotelaria. Além desses; também há uma preocupação com a imagem da cidade em outros estados e países. “A imagem do Brasil no exterior é muito marcada pela violência. O que aconteceu no Intercontinental; por exemplo; foi muito explorado no Brasil e no exterior. Nosso plano é comunicar lá fora o que acontece de bom aqui”.

A imagem construída sobre o Rio de Janeiro também foi comentada por Zeca Borges; presidente do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime: “As pessoas se acostumaram a falar mal do Rio; a cidade sofre uma espécie de Bullying dos outros estados e países”. A necessidade de qualificação dos profissionais que lidarão diretamente com os turistas é outra preocupação de Borges: “É preciso que as pessoas consigam se comunicar em inglês em situações de crise; como no momento que um torcedor está exaltado; não ficar apenas no inglês básico”.

De acordo com Felipe Góes; até 2020 todas as favelas estarão urbanizadas e integradas com as cidades. Além disso; 400 câmeras de segurança serão instaladas. Sobre a capacidade do Rio de realizar eventos de grande proporção; ele comentou: “O Rio tem a tradição de executar com sucesso grandes eventos; como o Reveillon e o Carnaval. O estado só utilizou a candidatura para se comprometer com os projetos (que estavam engavetados); os eventos a gente têm certeza que vão ocorrer bem. Mas é preciso um engajamento da sociedade com o processo. O carioca se afastou muito das questões políticas”.

A primeira mesa de debates “Copa e Olimpíadas – Oportunidades e Desafios (Infraestrutura)” teve a participação de Carlos Nuzman; presidente do Comitê Olímpico Brasileiro; Paulo Resende; diretor de Desenvolvimento da Fundação Dom Cabral; e de Otávio Azevedo; presidente da Andrade Gutierrez. Para Nuzman; “os aeroportos estão caminhando para um nível de Rodoviária; mas é preciso um nível melhor. Já a hotelaria tem o nível de mais baixa qualidade; é uma reclamação geral; precisa ser melhorada”.

Quando perguntado sobre quais projetos não deveriam ser feitos; Paulo Resende respondeu: “O trem de Alta Velocidade entre Rio e São Paulo. Ele vai custar R$ 33 bi; a quantidade de projetos que poderiam ser realizados com esse valor é imenso e o Brasil já tem tradição aeroportuária – que precisa de investimentos.”

@img2@Orlando Silva; ministro de esportes; foi quem abriu o evento. Ele acredita que as obras nos aeroportos; estradas e portos devem estar concluídas dentro do prazo estabelecido. Para ele é importante garantir o início das obras logo agora; porque isso barateia os custos. “É preciso ganhar tempo para garantir o menor orçamento; preparar bem e realizar com sucesso os eventos”. Orlando também ressaltou os problemas infraestruturais e a necessidade de ampliar a rede hoteleira.

Com relação à cidade que pode realizar a abertura da Copa em 2014; São Paulo; Orlando declarou: O estádio do Corinthians (em construção e que seria utilizado para receber os jogos) tem espaço apenas para 48 mil pagantes; seria necessário mais 20 mil lugares. São Paulo tem as melhores condições para realizar a abertura da Copa 2014; só não tem estádio ainda”.   

Otávio Azevedo, Paulo Resende, Carlos Nuzman e George Vidor

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