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Destinos

Especialistas apontam soluções para aumento de passageiros no setor aéreo em MG

O aquecimento da economia e a ascensão das classes C e D têm sobrecarregado os aeroportos brasileiros que; em boa parte; já operam acima de sua capacidade; sem investimentos que acompanhem no mesmo ritmo do aumento da demanda. O assunto foi discutido no “Ciclo Amcham de Desenvolvimento Setorial: Aviação e Infraestrutura Aeroportuária”; realizado pela Amcham-Belo Horizonte.
 
Para enfrentar o problema em Minas Gerais; considerando ainda que a situação tende a se agravar com a realização da Copa do Mundo de 2014; que terá Belo Horizonte como uma de suas cidades-sede; especialistas apontam ações imediatas que visam tanto resultados rápidos quanto de longo prazo. A principal delas diz respeito a construção de um segundo terminal no Aeroporto Internacional Tancredo Neves; com capacidade para 5 milhões de passageiros. Consultores contratados acreditam que obra já deveria ter sido iniciada; porém até o momento a Infraero trabalha apenas com a perspectiva de reformar e modernizar o terminal já existente.
 
Outras propostas dizem respeito a uma melhor gestão do embarque; aumento da capacidade de processamento dos balcões de check-in; ampliação da utilização do sistema de auto-atendimento; agilização do desembaraço aduaneiro e alfandegário; e compatibilização entre horários de voos e capacidade de infraestrutura; sem comprometer a conveniência do passageiro. Estas iniciativas; afirma Mário Jorge Fernandes de Oliveira; superintendente regional Sudeste da Infraero; já vêm sendo encaminhadas.

O Aeroporto Tancredo Neves receberá 7;5 milhões de passageiros em 2010 e esse volume tende a saltar para 8 milhões em 2011; ultrapassando a capacidade do terminal. Os números; apresentados por Luiz Antônio Atayde; subsecretário para Assuntos Internacionais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico; reforçam a urgência do encaminhamento rápido de soluções; independentemente de projeções de aumento de fluxo por conta da Copa.

José Mário Caprioli; presidente da Trip; também apresentou projeções que mostram a urgência de ações. De acordo com ele; a cada 1% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB); há uma alta três vezes superior sentida pela aviação civil brasileira.

 
A adesão de representantes das classes C e D a essa forma de transporte; sinal positivo de aumento do mercado consumidor; é outro componente que agrava o quadro. Considerando o país como um todo; estimativas apontam que nada menos que dez milhões de brasileiros desse segmento; que nunca viajaram de avião antes; começarão a fazê-lo a partir de 2011; estimulados por pacotes atrativos e ações direcionadas diretamente a eles.

“É preciso pegar na mão do cliente e colocá-lo no avião com toda segurança; para que ele tenha uma boa experiência e crie o hábito de viajar de avião”; declarou Pedro Janot; CEO da Azul Linhas Aéreas. Já Carlos Alvares da Silva Campos Neto; coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca que o  crescimento da demanda no setor aéreo é uma realidade. “Temos um problema hoje em relação à capacidade dos aeroportos; pois a maioria dos principais terminais brasileiros já trabalha acima da capacidade e os investimentos não têm conseguido acompanhar a demanda”; concluiu.

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