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Furacão Beryl, de categoria 5, ameaça Caribe com ventos catastróficos

Furacão Beryl visto do espaço (Divulgação: Nasa)

Furacão Beryl visto do espaço (Divulgação/ Nasa)

O furacão Beryl, de categoria 5, avança pelo Caribe nesta terça-feira (2), ameaçando a República Dominicana e a Jamaica. Com ventos de até 270 km/h, Beryl é o furacão mais precoce e intenso já registrado na temporada de ciclones do Atlântico, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA. O alerta vermelho foi emitido para as províncias dominicanas de Barahona e Pedernales, enquanto a Jamaica se prepara para o impacto previsto na quarta-feira (3).

“A temperatura do oceano é extremamente importante para definir a intensidade de um furacão. A temperatura do oceano que vai alimentando e quanto mais quente o oceano tiver mais combustível ele dá para o furacão, o que faz com que ele seja cada vez mais intenso”, explica o meteorologista da Climatempo, Fábio Luengo.

O Beryl é o primeiro grande furacão da temporada de 2024, e destaca-se pela intensidade e pelo momento incomum de sua formação, impulsionado por temperaturas oceânicas anormalmente altas. Especialistas atribuem a frequência e a gravidade crescentes dos fenômenos meteorológicos extremos às mudanças climáticas. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) prevê uma temporada de furacões acima da média, com até sete eventos de categoria três ou superior.

“Esse aquecimento é uma anomalia bastante significativa, especialmente se percebermos que é uma grande área do oceano com temperaturas acima da média. Isso significa uma grande quantidade de calor e umidade a mais sendo transferida para a atmosfera, servido de combustível para a formação e intensificação rápida de distúrbios tropicais”, explica o meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).

O NHC classificou o furacão Beryl como “potencialmente catastrófico”. Após enfraquecer temporariamente, Beryl voltou a ganhar força, atingindo a ilha de Carriacou, em Granada, com devastação significativa, embora sem registros de vítimas até o momento. São Vicente e Granadinas também sofrem com ventos fortes e chuvas torrenciais.

A previsão do NHC é de que o furacão Beryl impactará a costa sul de Porto Rico e a ilha de Hispaniola, incluindo a República Dominicana e o Haiti. As Ilhas Cayman e áreas da península de Yucatán e do Golfo do México foram aconselhadas a manter vigilância.

Furacão Beryl na ilha Carriacou, em Granada

Furacão Beryl atingiu a Categoria 5, classificação mais grave do Centro de Furacões dos Estados Unidos (CNN Newsource)

Furacão Beryl atingiu a Categoria 5, classificação mais grave do Centro de Furacões dos Estados Unidos (Fonte/CNN Newsource)

O furacão Beryl atingiu a ilha de Carriacou, em Granada, na segunda-feira (1º), com ventos de mais de 240 km/h, causando destruição generalizada. O furacão, o mais forte a passar pelas Granadinas desde 1851, levou à perda de energia em 95% da ilha, derrubando telecomunicações e interrompendo serviços essenciais. O primeiro-ministro Dickon Mitchell relatou que “em meia hora, Carriacou foi devastada”. Apesar da magnitude do desastre, ainda não há registros confirmados de mortes ou feridos.

Beryl chegou ao Caribe como um furacão de categoria 4, trazendo ventos fortes e chuvas intensas que afetaram seriamente a infraestrutura local. O impacto foi tão severo que todas as escolas e empresas foram fechadas, incluindo o aeroporto, que registrou ventos de 92 mph e rajadas de 121 mph. Apenas hospitais e a força policial nacional permaneceram operacionais.

Enquanto as autoridades trabalham para avaliar os danos e restaurar os serviços, a comunidade de Carriacou enfrenta um desafio significativo para se recuperar da devastação causada pelo furacão Beryl. A temporada de furacões de 2024 já se mostra excepcionalmente intensa, com previsões de mais ciclones poderosos nas próximas semanas, dizem os especialistas.

“Em meia hora, Carriacou foi devastada. E não podemos dizer com certeza que ninguém foi ferido ou que não houve perda de vidas como resultado do furacão”, disse o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell.

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