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Dólar fecha em R$ 5,51, maior valor em dois anos e meio

dólar (Banco de imagens Pexels/John Guccione)

A alta do dólar hoje é impulsionada não apenas por fatores domésticos, mas também pelo fortalecimento global da moeda (Banco de imagens Pexels/John Guccione)

O dólar comercial fechou em alta de 1,20%, na última quarta-feira (26), alcançando R$ 5,51. Este é o maior patamar desde janeiro de 2022, quando encerrou a R$ 5,55. A valorização ocorreu em um contexto de deterioração no cenário externo e incertezas fiscais, ampliadas por declarações do presidente Lula em entrevista à imprensa.

Na terça-feira (25), a moeda encerrou em R$ 5,45 e na quarta-feira pela manhã atingiu R$ 5,50 rapidamente, influenciada pela valorização do dólar internacional e pelas declarações de Lula ao portal Uol, que geraram desconforto no mercado. O presidente mencionou uma revisão nos gastos do governo, levantando questões sobre cortes versus aumento de arrecadação.

Lula descartou a desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo e renovou críticas ao Banco Central, exacerbando as preocupações do mercado, que também está atento ao cenário externo. Em resposta, a Bolsa registrou queda.

O desempenho do real também foi pressionado por um movimento no exterior. A maioria das principais moedas do mundo também registrou baixa em relação ao dólar, mas a divisa brasileira teve o pior desempenho. Como pano de fundo, os rendimentos dos títulos de dez anos do Tesouro americano registraram forte alta, ainda sob efeito de comentários mais duros de uma diretora do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre o futuro da política de juros dos Estados Unidos. Há, ainda, cautela do mercado antes da divulgação de um novo dado de inflação do país, marcada para sexta (28).

Altas nos rendimentos dos títulos americanos beneficiam o dólar pois aumentam a atratividade da renda fixa americana, direcionando recursos para o mercado dos EUA e penalizando países emergentes e ativos de renda variável. A situação também pressionou a Bolsa brasileira durante boa parte do dia, mas o Ibovespa engatou alta e garantiu uma sessão positiva no pregão, fechando com avanço de 0,25%, aos 122.641 pontos.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou a 0,39% em junho, após marcar 0,44% em maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado deste mês ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam nova variação de 0,44% em junho. Em 12 meses, porém, o IPCA-15 ganhou força e acumulou inflação de 4,06%, de acordo com o IBGE. Nesse recorte, a taxa era de 3,70% até maio.

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