Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

Economia chinesa não preocupa e Boeing prevê ótimos resultados em 2016

Randy Tinseth, VP de Marketing da Boeing Commercial Airplanes

Randy Tinseth, VP de Marketing da Boeing Commercial Airplanes


Apesar das incertezas econômicas na China e da queda constante na bolsa de valores dos papéis mais valiosos do mercado, a indústria da aviação comercial mundial continua aumentando seu backlog, abrindo novas instalações e finalizando a produção de novas aeronaves. De acordo com o VP de Marketing da Boeing Commercial Airplanes, Randy Tinseth, “ao olhar para 2016, é possível ver mais um ótimo ano pela frente”, muito por conta do baixo preço do petróleo, o que ajuda a derrubar o custo operacional das aéreas.

Em relação a economia chinesa, Tinseth afirmou que existem tendências de uma desaceleração em toda o segmento manufatureiro, mas que o consumo, por sua vez, continua subindo, o que acaba sendo positivo para a fabricante norte-americana de aeronaves, já que cada vez mais chineses utilizam o transporte aéreo para se deslocar. “Ainda não constatamos uma desaceleração no mercado chinês”, disse o VP. Tinseth ainda acredita em um crescimento de 2,7% do PIB da China para este ano, com um aumento de até 4% nas relações comerciais.

Por outro lado, a Boeing acredita que o preço do petróleo por barril ficará entre US$ 40 e US$ 50 dólares este ano, estimativa bem abaixo da média de US$ 52 dólares praticada em 2015. São números que se traduzem em lucros de até US$ 36 bilhões para a indústria aérea norte-americana em 2016, bem acima dos US$ 33 bilhões registrados em 2015, afirmou o VP de Marketing, Randy Tinseth. E muito deste lucro será utilizado em novos investimentos na indústria de aviação nos próximos anos. Tinseth até estima um pacote necessário de 38 mil novas aeronaves até 2034, em valores que chegam a US$ 5,6 trilhões.

Já em relação ao movimento e transporte de cargas, uma pequena retração foi sentida nos últimos meses após três anos de crescimento contínuo. A Boeing já esperava isto, tanto é que decidiu reduzir o nível de produção dos seus B747, já que muitos são utilizados para transporte de cargas, conhecidos como aeronaves Freighter. A produção deve voltar ao normal somente em 2019. “Essencialmente, este mercado só estará de volta ao normal quando as trocas comerciais também voltarem ao normal”, frisou. ​

Receba nossas newsletters