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Agências e Operadoras

Nascimento Turismo anuncia fim de negociação com a CVC

O fundador da operadora Eduardo Nascimento, entre os filhos Plínio e Dado

O fundador da operadora Eduardo Nascimento, entre os filhos Plínio e Dado


Depois de muitas especulações sobre à venda da operadora para a CVC, a Nascimento Turismo disse – hoje pela manhã – ao M&E que não está mais à venda. “O negócio [venda] era estratégico para nós, a CVC entende do nosso mercado e consequentemente, do nosso business. Mas com o decorrer das conversas, os processos foram mudando e não se tornou mais um bom negócio”, disse o diretor Geral, Plínio Nascimento. “Vamos manter o advisor, mas agora não buscamos mais ‘fundos’ como investidores. Não é isso que queremos. vamos manter a carreira solo daqui pra frente, como sempre fizemos”, emendou

As negociações começaram em abril de 2014, mas tomaram um novo rumo devido a crise econômica pela qual travessa o país. “Terminamos esse processo em fevereiro deste ano e precisávamos tranquilizar o mercado e nos pronunciar oficialmente comunicando nossos parceiros, fornecedores e, principalmente, os agentes de viagens”, afirmou. “Tudo depende de valores. Você só vende uma coisa se for bom para você. No formato não estava bom nem para nós, nem para eles”, disse o fundador e presidente, Eduardo Vampré Nascimento.

“Aprendemos muito neste tempo  que também serviu para traçar um raio-x das nossas operações e processos internos. Aprendemos mais sobre a nossa empresa”, disse o conselheiro da operadora, Dado Nascimento. “Vamos agora praticar nosso aprendizado”, emendou Plínio. Segundo o diretor Geral, para este ano a operadora deve experimentar uma queda de 2% nas operações. “Diante da economia, essa queda não é tão prejudicial. Nossa projeção para o próximo ano fiscal [ abril2015/março2016] é de 20%”,disse.

Mudanças –
“Não vamos modificar nossa maneira de trabalhar. Vamos continuar com o nosso DNA e oferecer produtos customizados e personalizados, mantendo a marca da Nascimento construída nesses 54 anos”, afirmou Plínio. O executivo destacou que a implantação do novo sistema – que ainda não tem data – mas deve acontecer até maio vai unificar as operações e possibilitar a otimização da resposta junto aos agentes de viagens.

“Hoje tudo que entra [vendas] na Nascimento [sistema] é 35% online. Os cruzeiros que são 20% estão em outra plataforma. Já o nosso carro-chefe que são os bloqueios são disponibilizados em outro sistema. Hoje não consigo unificar com rapidez essa conversa e dar mais agilidade ao canal de distribuição via agentes ou mesmo em nossas lojas”, comentou.

Ainda este mês a operadora deve divulgar o calendários de eventos que envolvem roadshows com Europamundo e Las vegas, e duas edições do Nastur Exclusivo que ainda não têm datas ou locais definidos. “Ficamos meio perdidos sem a realização do Nastur, que sempre marcou o lançamento do nosso calendário”. disse Plínio.

Mercado –
A Nascimento, segundo Plínio, mesmo com essa crise e um ano demanda reprimida cresceu nas vendas domésticas onde chegou a 20% do share e ainda com o departamento de incentivos que obteve 13,3% de crescimento. “Só no mês de agosto, o departamento cresceu 70% em comparação com o ano anterior. A filial de BSB, por exemplo, teve um incremento de 10,6%”, disse. “O ano não foi tão ruim assim”, brincou.
Se contabilizada apenas a parte terrestre, a operadora soma um share de 22% para EUA, 20% doméstico, outros 15% para Caribe e México com 14%.

“Tivemos uma queda em América do Sul, mas aumentamos nossa participação no mercado nacional”, enfatizou. “Depende de como ficar o dólar podemos até pensar no receptivo nacional, como já fizemos no passado. É um business que voltaremos a analisar. Mas agora vamos focar em nossa carreira solo”, finalizou. Procurada pelo M&E, a CVC informou que, “por ser uma empresa de capital aberto, não pode comentar a respeito”.

Luciano Palumbo

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