Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.

Aviação

Aviação regional terá subsídio a partir de 2015

Moreira Franco, ministro da Aviação Civil, durante coletiva

Moreira Franco, ministro da Aviação Civil, durante coletiva


A partir do início de 2015, voos com origem ou destino em aeroportos regionais do Brasil terão tarifas aeroportuárias e parte de seus custos subsidiados pelo governo. O objetivo é aumentar o acesso da população brasileira ao transporte aéreo e dinamizar ainda mais a economia do interior do país.

“O crescimento do interior vem sendo superior ao das áreas urbanas. Este é um dado que impõe a necessidade de corrermos para garantir uma infraestrutura que permita que esse crescimento se consolide e se dê de maneira mais forte e com menos custos”, afirmou o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco.

O subsídio foi criado nesta segunda-feira (28) pela presidenta Dilma Rousseff, por meio da Medida Provisória no 652. O benefício, que será regulamentado por decreto ainda neste ano, estabelecerá isenção de tarifas aeroportuárias para voos que saiam de ou cheguem a aeroportos com até 1 milhão de passageiros por ano.

Também será determinado a subvenção a passagens aéreas em voos com origem ou destino em aeroportos regionais. Neste caso, o subsídio será limitado a 60 assentos por voo ou 50% dos assentos ofertados.

O ministro estimou em R$ 1 bilhão o montante inicial de subvenção, valor que ainda está sendo definida pelo Governo Federal. O subsídio às passagens deverá ser concedido em faixas, de forma  que aeroportos menores, de cidades mais isoladas e com maiores custos de operação, recebam proporcionalmente mais do que aeroportos maiores.

Outro critério será geográfico: a região Norte, que tem menos opções de modais de transporte, terá um subsídio por passageiro maior do que o resto do país. “Na região amazônica a aviação é uma questão essencial, porque você mede distâncias em dias de balsa ou em horas de avião”, afirmou o ministro.

Até agora, 109 aeroportos que operam voos regulares são elegíveis para a subvenção, cifra que a Secretaria de Aviação Civil espera que aumente a partir de 2015.

Com a redução no custo do voo e no valor da passagem, haverá estímulo para a criação de mais rotas regulares e para o aumento da frequência dos voos regulares que já operem nesses aeroportos.

“Um voo regional é em média 31% mais caro por quilômetro do que um voo entre capitais. Isso não acontece porque a empresa aérea tem preconceito, é porque a escala e o custo são diferentes”, afirmou o secretário de Política Regulatória de Aviação Civil da SAC, Rogério Coimbra. Segundo ele, o objetivo do programa é fazer com que “localidades que não eram atendidas passem a ser atendidas e localidades que são atendidas precariamente possam ter mais destinos, frequência e pontualidade”.

O subsídio será pago a empresas aéreas e a aeroportos pelo Fundo Nacional de Aviação Civil, que tem entre suas fontes de recursos o dinheiro gerado pelas concessões dos grandes aeroportos à iniciativa privada. “A engenharia do programa foi montada de modo a que o sistema financie a si próprio”, afirmou Moreira Franco. “O mesmo recurso gerado pela modernização dos aeroportos com, as concessões, é investido na democratização do transporte aéreo, com o programa de aviação regional.”

Receba nossas newsletters